Urdan atrás das lentes: Shorebreak, escola para produção de imagens

Para quem acompanha o blog sabe que recentemente comecei a me interessar por registrar os momentos dos amigos. Não é nada profissional, apenas um “hobby”. Eu não sei até onde isso vai dar, mas posso garantir que estou curtindo muito fotografar ondas, visuais e manobras...
Escrevendo assim alguns podem até pensar que estou querendo me aposentar dentro d’água, como geralmente vem acontecendo com alguns bodyboarders mundialmente que, penduram os "pés de pato", e trocam por câmeras e suas potentes lentes... Calma, isso está fora de cogitação. Sem chances pelos menos nos próximos dez anos, pois é infinitamente maior o foco na frente das lentes e não atrás, além disso, me sinto fisicamente muito bem, praticamente um “novinho” com quinze anos rs, rs. Não é de hoje que eu registro a minha galera, desde minha adolescência estou acostumado a revezar com os brothers e assim, fazer as nossas filmagens... Sabe o velho ditado: “Quem não tem cão caça com gato”, então... Bem por aí!! O fato é que estes revezamentos sempre foram com câmeras filmadoras sem ser a prova d’água, ou seja, na areia.

Comecei atualmente a fazer os “cliques” no “line up”, precisamente em Novembro (2011) foi quando deu o “start”. Modéstia parte filmo muito bem para um videomaker amador... Não tenho problemas em: tremer, perder ondas, e essas mazelas decorrentes de revezar com a galera as filmagens, como é o caso de alguns amigos que parecem sofrer de Parkinson de tanto tremer (mesmo com tripé), rs, rs!! O meu único problema é às vezes esquecer o “rec” ligado e acabo filmando: Tatuí, areia, gaivota, siri, gavião, sol, nuvens, e etc...

Mas faz parte, já estou acostumado. Estas “seqüelas” minhas e da galera, já vem de longas datas e de diferentes gerações de amigos, vem desde meu início no esporte. O único lado ruim é que eu fico sempre com as piores ondas gravadas. Voltando as imagens, estas últimas foram todas novidades, afinal foram feitas com câmeras a prova d’água, ou seja, no line up e não na areia.

Neste último sábado (28), fui com o amigo bodyboarder freesurfer Rodrigo “Divo” (que também curte fazer imagens e fez algumas minhas, valeu bro, noixxx) treinar as nossas habilidades fotográficas no shore, meu fundo de pedra predileto no Rio de Janeiro.

Chegando ao pico encontrei a ondulação de sul/sudoeste (prefiro de sudeste e leste, minhas favoritas no pico) e espelho de tão liso. Estavam também alguns bodyboarders, dentre eles, um dos melhores nessa onda em minha opinião, o local do posto 5 Fabio Cunha. Fabão como é mais conhecido, como sempre fez altos momentos... O cara arrebenta no shore. O local de Ipanema Ian e o Divó, também pegaram as suas ondas. Só na minha vez que o mar piorou e acabei ficando somente com uma imagem, mas estou tranqüilo, quando registro boas ondas dos amigos, me sinto tão bem como se fosse comigo, já vale à pena!!

Vamos logo para as imagens, aguardem próximas postagens, pois ontem (domingo 29) rolou um São Conrado excelente (terral forte) e desta vez eu fui de “one hand only”. Como assim?

Tinha esquecido o suporte da câmera na prancha e tive que improvisar uma “gambiarra”... Entrei na água com a GoPro amarrada (em uma das mãos), e tentei fazer o possível para pegar boas ondas da galera e minha também (filmei uns tubos meus que fiz com uma mão só na board). Mas Isso durou pouco tempo, como já citado no começo da postagem, minha prioridade é 100% na frente das lentes, com ondas clássicas então é que eu não fico mesmo de “videomaker” e “fotógrafo” por muito tempo, não tinha condições de entubar somente com uma das mãos na board e outra filmando naquele mar, estava realmente muito bom e queria fazer altas manobras...

Fiquem com as imagens que fiz no shore, espero que curtam.

ps: (algumas fotos foram feitas pelo Rodrigo Divó, mas a maioria eu que fiz)

Boas Ondas e Boa Sorte