16 de nov. de 2013

Voltando a ativa com o blog: DICA DO URDAN NO AÉREO!


Existem momentos em que precisamos: parar, respirar fundo, pensar bastante, escolher meticulosamente nossos caminhos para decidir o rumo que tomaremos em nossas vidas!



E com essa decisão, tive que parar de escrever aqui neste espaço por falta de tempo. E a febre "facebookiana" (com suas páginas) meio que apagou um pouco o brilho dos blogs. Eu tentei seguir a "tecnologia", mas percebi que eu prefiro mesmo é blogar. Sou a favor de usar as páginas só para destacar as matérias nos websites e blogs. E assim voltarei a fazer. Tipo: o bom filho a casa retorna. E cá estou novamente para tentar pelo menos, duas vezes por semana, postar fotos, textos, e tudo de bacana que curto no bodyboard, cinema, e música. É galerinha, estou na área de novo!

E para recomeçar com chave de ouro, a dica do Urdan da semana é sobre o aéreo!

Como executar o aéreo sem auxílio de braços e força destes para não sair como o feio e fácil “air arm”, ou aéreo de braço!

Vamos lá...

Quando eu entro em uma onda, na maioria das vezes nunca sei o que vou fazer. Eu prefiro deixar para me decidir qual manobra irei realizar de acordo com o que a onda vai me proporcionar no momento em que estou nela! É claro que, quando estou no foco para treinar alguma manobra em especial, “tento” ter como objetivo, ficar só nesta manobra, mas nem sempre a onda proporciona a manobra que estou trabalhando. Em geral, procuro sempre dropar à onda sem saber o que vou realizar. Realmente prefiro deixar para os 45 do segundo tempo, se é que vocês me entendem!

Realmente acredito que o rider que surpreende é aquele que a as pessoas nunca sabem o que o cara vai fazer na onda! É um rider mais completo, e bem mais bacana de assistir surfando. Eu acho muito chato aquele atleta que seja em competição, ou freesurf, sempre tem a mesma linha. Veja bem, isso é uma opinião minha e não quer dizer que seja verdade absoluta! É somente o que eu penso...

Primeiro passo para realizar um bom aéreo. Neste caso, eu vou escrever sobre a manobra caindo no corte. Diferentemente de quando é executado na junção!


Eu escolhi uma onda que estivesse aberta, mas com uma rampa bacana. Justamente porque eu estava visando essa manobra desde que soube que o fotografo Rafael Gomes estava bem posicionado para pegar o clic no momento certo. A onda veio da forma que eu pedi, com espaço para cavar com precisão e aproveitar a rampa show de bola...

Dropei com velocidade, mas controlando (acho extremamente importante este controle) o momento certo para subir na “boca” (ou lip) sem quicar, jogar água com o atrito do ombro na onda (como gostaria que a falha arbitragem soubesse diferenciar isso, mas...), é feio e atrapalha a plasticidade da manobra. Depois que consegui estabilizar a cavada e pegar a velocidade, já fui observado o próximo passo... A virada da cabeça para começar a olhar para a areia na subida do aéreo!


Muitas pessoas nem fazem ideia, mas essa olhada para a areia, já define como será seu aéreo. É mais difícil, mais maneiro, e ajuda o corpo a voar da forma mais bacana! Reparem bem na segunda foto como eu já estou totalmente com a cabeça virada para a areia. É tudo uma questão de escolha e adaptação. Claro que é bem mais complicado também. Acredito que essa é a diferença entre um rider técnico para um rider ainda em aprendizagem!

Depois de a prancha ter descolado da onda, agora é o momento mais importante! Com o movimento da cabeça olhando pra areia, fica fisicamente provado que o corpo irá acompanhar esse impulso. Fazendo da sua cabeça o eixo principal em quase todas as manobras! Ah, POR FAVOR, NUNCA jogar a rabeta da prancha sem o corpo ir junto! Porque se não, acaba saindo um aéreo FORÇADÃO, estilo "ARMAIR (aéreo de braço) karateca ohara", e convenhamos, isso é muito feio!


Eu vejo “tops” no Brasil e na America latina que executam estes aéreos jogando a rabeta pra cima, com o corpo todo dentro d’água e ganham boas notas nas competições! Isso mostra nitidamente o tão quanto está ultrapassado o atual critério de julgamento. Não tem como dar a mesma nota para um aéreo que joga a perna lá na lua igual a um que não sai nem metade do corpo d’água, só a prancha que é jogada pra cima com a força bruta do braço... Cruzes! Quer dizer, para competir é preciso regredir? Enfim...


E para a volta do aéreo ficar com um pouso perfeito, após fazer a pose no ar, você já tem que começar a se preparar para uma aterrissagem perfeita. E isso vai de acordo com cada um, eu prefiro cair com o corpo todo em cima da prancha (o que torna a queda mais brusca. Só o meu pescoço, lombar, estomago, e testículos, sabem muito bem como é isso rsrs). E existem riders que caem com as pernas primeiro (o que facilita a volta da manobra com menos impacto no corpo). Eu só uso da segunda técnica quando a manobra extrapola o limite da altura. Aí só voltando com as pernas... Mas realmente eu prefiro a primeira opção. Acho mais plástico e difícil!


A real é: O Bodyboarding é muito mais irado quando a prancha, o corpo, e a onda estão em uma sintonia só! Manobras fluidas, e radicais ao mesmo tempo é o bacana de surfar de Moreyboogie hehehe Fica tudo mais maneiro, mais difícil, e muito mais inspirador de assistir em vídeos, ou até mesmo nas competições!

Acredito que a fluidez na técnica diferencia um rider, de outro rider, fazendo assim a separação das performances!

Espero que tenham curtido! Aceito sugestões para a próxima DICA DO URDAN!

Boas ondas e boa sorte!

Texto: Jeff Urdan
Fotos: Rafael Gomes 
Onda: São Conrado
Manobra: Aéreo caindo no corte!

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